Mobilidade

Conhece o óleo sintético? Saiba como essa inovação ajuda no desempenho do motor

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óleo do carro

Você sabia que um dos itens mais importantes (e negligenciados) do seu carro é o óleo lubrificante do motor? Fazendo uma analogia com o corpo humano, podemos dizer que o óleo do carro é o sangue que corre pelas galerias (veias). Ele faz com que os componentes internos (órgãos) funcionem corretamente. Se o óleo faltar ou estiver em mau estado, o motor para.

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Não é apenas lubrificar

As funções do óleo do carro vão muito além de apenas lubrificar. Além de ser responsável pela redução de atrito, também ajuda no controle da temperatura e dissipação do calor e tem a capacidade de limpar as superfícies que entra em contato.

Ajuda na redução da poluição e do consumo

Ao longo das últimas décadas, os lubrificantes passaram por um processo evolutivo acelerado. Isso para atender às cada vez mais exigentes demandas por reduções de emissões de poluentes e consumo de combustível.

O lubrificante moderno precisa deixar o motor trabalhar “mais solto”. Uma menor resistência ao movimento dos componentes resulta em menos combustível consumido e, consequentemente, menos gases nocivos despejados na atmosfera.

Óleo do carro tem que ser resistente

Outro aspecto de fundamental importância do óleo do carro é a resistência à oxidação. Na câmara de combustão, o lubrificante entra em contato com os gases resultantes da queima do combustível e, em algumas situações, com o combustível ainda no estado líquido.

Esse contato acelera a degradação do óleo, especialmente se o combustível for adulterado com solventes (na gasolina ou no diesel) ou água (no etanol). Assim, mais uma propriedade pode ser incluída na sua formulação.

E ajudar o motor a durar mais

Por fim, os motores atuais precisam ter alta durabilidade e baixa manutenção. E o óleo do carro mais uma vez tem papel importante na vida útil do propulsor. Ele proporciona uma lubrificação perfeita desde a partida e em todas as situações e condições de uso.

Prazer, óleo sintético!

Para atingir o equilíbrio na equação consumo + emissões + resistência + durabilidade, quase todas as montadoras apostam hoje nos lubrificantes sintéticos. Mas você sabe o que é um óleo sintético?

O óleo lubrificante sintético é obtido a partir de vários processos, compostos, detergentes e elementos químicos. São exatamente esses componentes artificiais que dão ao óleo do carrp uma maior capacidade de atender aos fatores da equação acima. Por ser “sintetizado”, o lubrificante sintético é muito mais estável do que o mineral ou semi-sintético.

E o óleo mineral?

Falando em óleo mineral, este é obtido a partir do refino do petróleo e recebe aditivos para cumprir sua função. Seu uso está quase extinto em motores modernos de carros novos, porém ainda é muito utilizado em propulsores mais antigos. Por ser mais básico, também é mais barato.

Tem também o semi-sintético

Já os óleos semi-sintéticos ainda são usados em alguns tipos de motores e tiveram seu auge na década de 2000. Sua composição combina uma base mineral com compostos sintéticos. Assim como sua fórmula, seu preço também é intermediário.

Qual tipo usar na troca de óleo?

Essa é a principal dúvida de muitos donos de carro. E a resposta é muito fácil de encontrar: manual do proprietário. É lá que a montadora especifica o lubrificante certo para o motor, bem como os prazos de troca (por quilometragem, tempo ou tipo de uso do veículo) e a quantidade correta de óleo.

O que não fazer na troca de óleo do carro?

A falta de informação ou as instruções incorretas de profissionais despreparados ou aproveitadores induzem muitos motoristas ao erro na hora de trocar o óleo. Separamos os mais comuns:

Não trocar o filtro de óleo

A função do filtro de óleo é reter as impurezas que possam se desprender do motor e circular junto com o lubrificante. Ao trocar o óleo e não substituir o filtro, as impurezas vão contaminar o lubrificante novo.

Medir o nível com motor quente

É muito comum frentistas oferecerem para checar o nível do óleo durante o abastecimento. Assim que o motor é desligado, não dá tempo do óleo escorrer para o seu reservatório, o cárter. A leitura da vareta será imprecisa e indicará menor quantidade do que realmente há.

Excesso ou falta de lubrificante

Na situação acima descrita, o frentista vai colocar mais lubrificante que o necessário. Este excesso pode provocar vazamentos e contaminação das velas de ignição. A falta de lubrificante, causada pela falta de verificação do nível, reduz a lubrificação, diminui a vida útil dos componentes e pode até provocar a quebra do motor;

Completar ao invés de trocar o lubrificante

A prática é prejudicial porque mistura o óleo novo com o velho, já degradado e contaminado. Ou seja, o carro vai rodar sempre com o lubrificante fora de sua melhor condição.

Misturar dois tipos de óleo

Mistura lubrificante mineral com sintético? Ao fazer isso, o óleo perde suas propriedades e não oferece a mesma performance que teria puro.

Utilizar aditivos

Os lubrificantes já atendem todas as exigências das montadoras para seus motores. O uso de aditivos, além de não ter sua eficiência comprovada, altera a formulação original do óleo e pode até prejudicar ao invés de ajudar.

O jeito certo de medir o nível do óleo

  1. O nível do óleo deve ser verificado no máximo a cada 15 dias, com o motor frio ou 10 minutos depois de desligá-lo, sempre em piso plano;
  2. Retire a vareta, limpe-a com um papel absorvente, insira novamente e só então faça a leitura; 
  3. O nível deve ficar entre a metade e o nível máximo indicado na vareta;
  4. Se estiver abaixo, complete com o lubrificante das mesmas especificações. Se o prazo para troca de óleo estiver próximo, já adiante a substituição;
  5. Aproveite a ocasião para calibrar os pneus e verificar o nível e a coloração do líquido de arrefecimento.

Acertar na escolha e na manutenção do óleo lubrificante do seu carro não tem segredos. Basta seguir o que recomenda o manual do proprietário e tomar alguns cuidados. Como bônus, seu carro será mais econômico, menos poluente e vai durar muito mais!

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