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Ciclismo: bikes seminovas são uma boa opção?

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bicicleta para prática de ciclismo

Os seguidos dias de isolamento causados pela pandemia de Covid-19 trouxeram momentos de reflexão para muitos brasileiros. E boa parte deles concluiu que montar em uma bicicleta e sair pedalando pela cidade, além de ser extremamente benéfico para a parte física, é um excelente remédio para a mente. Mas aí surge a dúvida: como escolher a melhor bicicleta para prática de ciclismo?

O mercado de bicicletas, que já vinha crescendo na última década, explodiu nos últimos dois anos. De acordo com a Aliança Bike, entidade brasileira que reúne lojistas e empresas do setor, as vendas aumentaram 34% no primeiro semestre de 2021 em comparação ao mesmo período de 2020. Mesmo 2020 já havia registrado uma elevação de 50% em relação aos seis primeiros meses de 2019.

Esse crescimento inesperado por bicicleta para prática de ciclismo trouxe consigo duas consequências comuns em situações assim:

  • A falta do produto nas lojas e bike shops;
  • O aumento do preço, que já vinha subindo devido à alta do dólar.

Com tal panorama, comprar uma bike usada pode ser uma excelente opção. Tanto para quem está começando, quanto para quem já pedala há mais tempo e quer fazer um upgrade. Além de uma oferta maior, os preços podem ser até 70% menores se você não fizer questão de uma bicicleta super recente. Mas a busca por bicicleta para prática de ciclismo tem alguns segredos e cuidados. 

Confira:

Sem nota, sem chance

As plataformas como Mercado Livre e OLX, além de fóruns e grupos de ciclismo, são os melhores lugares para quem busca uma bike usada. Em todos eles há muitas opções, de todos os tipos, modelos, marcas, cores e preços. Entretanto, o ponto chave aqui é a procedência.

Com o aumento na quantidade de bikes nas ruas, cresceram junto os roubos e furtos. E o lugar que os bandidos costumam “passar para a frente” são justamente essas plataformas. Por mais tentadora que seja a oferta, desista se o vendedor não tiver a nota fiscal.

Pode até não ser no nome dele, afinal ele também pode ter comprado de segunda mão. Mas a nota deve ter os dados da bicicleta e, principalmente, seu número de série. Comprar uma bicicleta sem nota é como comprar um carro sem documento.

As lojas especializadas costumam ter bikes usadas para vender, muitas delas dadas como parte do pagamento em uma nova. Nesse caso, a garantia da procedência é a própria loja, que também deve fornecer um documento que comprove que ela vendeu o produto para você. Pode ser um recibo, cupom, nota fiscal ou termo. O importante é haver nele todos os dados da bicicleta.

De olho no estado da bicicleta para prática de ciclismo

Por ser usada, a bike de segunda mão pode trazer algum desgaste. Isso é normal, mas também não dá para abraçar uma muito detonada, não é mesmo? Alguns pontos podem ser observados até por que não é especialista.

  1. Estado Geral. Veja se a bike está muito riscada, se há rasgos nos bancos, o estado das manoplas. Veja se os aros estão tortos e amassados, se os pneus não estão desgastados, se as rodas, garfos e movimento central não estão com folga.
  2. Relação de marchas. A corrente e o cassete têm uma vida útil de aproximadamente 1,5 mil quilômetros nas mountain bikes e de 3 a 5 mil quilômetros nas bicicletas que não rodam na terra. Os dentes do cassete não podem estar muito afiados e os elos da corrente têm que estar firmes. A coroa dura mais que o cassete, porém também não pode estar desgastada.
  3. Teste a bike. Peça ao vendedor para dar uma volta. Teste o funcionamento do câmbio e dos freios e verifique se não há ruídos. Nas mountain bikes, veja se a suspensão está sem barulhos e firme.
  4. Bikes elétricas. O mercado de bikes elétricas explodiu e já há bastante opção usada. O mais importante é o estado da bateria, porém fica difícil testar a autonomia na hora da compra. Como a substituição não é barata, negocie uma garantia com o vendedor caso a bateria esteja com problemas.

Hora de pedalar

Bicicleta para prática de ciclismo escolhida, negócio fechado, bike em casa, chega a hora de sair para o rolê. Não esqueça, porém, que uma bicicleta é um veículo e deve seguir as leis de trânsito. E, o mais importante, ela é a mais vulnerável. Confira estas dicas de segurança:

  • Use capacete sempre. O capacete é fundamental para a segurança do ciclista. Até as quedas bobas, em baixa velocidade, podem resultar em traumas na cabeça com graves consequências. Barato e facilmente encontrado, o capacete deve ser usado em toda e qualquer situação;
  • Nunca trafegue na contramão. Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) as bicicletas devem respeitar o sentido de direção da via. Pode parecer seguro trafegar na contramão, mas em esquinas, entradas e saídas de rodovias e avenidas, os motoristas muitas vezes estão olhando no espelho retrovisor e não para a frente;
  • Utilize roupas coloridas e luzes na bike. Assim, ao chamar a atenção dos motoristas e pedestres, as chances de ser atropelado ou atropelar diminuem bastante;
  • Sinalize com os braços. Ao pedalar em regiões mais movimentadas, sinalize com os braços se precisar mudar de direção. Assim, os motoristas ficam sabendo antecipadamente as intenções do ciclista;
  • Nunca ande entre os carros. Se não houver ciclovia ou ciclofaixa, nunca ande no corredor entre os carros. Além do risco de ser atingido por um motociclista, fica mais difícil de ser notado pelos motoristas. Portanto, ande sempre à direita, ao lado do meio fio;
  • Mantenha a bike em ordem. Com a bicicleta funcionando direitinho, as chances de quedas são muito menores e o pedal fica mais prazeroso. Assim, mantenha sempre a manutenção em dia, com pneus calibrados, corrente lubrificada, câmbios e freios regulados.

Nova ou usada, a bicicleta para prática de ciclismo pode mudar a sua vida. Além de bem estar físico e mental, a bike traz novas amizades com os clubes de pedal e passeios que crescem a cada dia. É um ambiente saudável e de alto astral que cativa quem entra. Está esperando o quê para começar?

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