O momento certo para a substituição dessas peças vai depender, além de outros fatores, de onde e como você dirige
Se você tem carro, é bem possível que já tenha pensado na seguinte cena: justo naquele dia em que você mais precisa, o veículo, simplesmente, resolveu te deixar na mão.
Claro que isso pode acontecer com qualquer um. Afinal de contas, estamos falando de um bem que tende a se desgastar com o tempo ou que pode apresentar algumas falhas. No entanto, é possível tomar atitudes que previnam maiores prejuízos, como a troca de pneus.
O carro é responsável por nos proporcionar conforto e otimizar nosso tempo de deslocamento para diversos locais. Mas, para que isso não se transforme em dor de cabeça, a gente deve fazer revisões constantes nos freios, motores e na parte elétrica, certo? Até agora sim, mas não é só isso!
O que muitos motoristas esquecem é de dar aquela atenção especial aos pneus. Eles também sofrem desgastes e precisam ser revisados e trocados sempre que necessário. A dúvida é: como saber se é hora de realizar a troca? A gente te explica!
Uma informação importante antes de prosseguir ?
Pneus carecas podem causar acidentes graves e colocar em risco a vida e a segurança de sua família e amigos. Essa condição também pode trazer prejuízos enormes para seu bolso.
Para evitar todos esses problemas, em seu artigo 4, a resolução n° 558/80 do CONTRAN proíbe a circulação de veículos cujos pneus tenham atingido o grau máximo de desgaste ou apresentem sulcos com profundidade inferior a 1,6 milímetros.
Além de multas, você corre o risco de ter sua CNH suspensa e, dependendo das condições precárias do pneu, o carro poderá ser apreendido. Daí já dá pra sentir o rombo no orçamento, não é?
De olho nas condições dos pneus ?
Agora que você já entendeu que manter os pneus sempre em bom estado não é brincadeira, vamos esclarecer qual é o momento certo para proceder com a troca dos mesmos.
Você tem que tirar da sua cabeça a ideia de que só irá trocá-los quando perceber que eles estão “muito carecas”. Essa definição é muito subjetiva, não acha? É preciso conhecer sinais mais técnicos e assertivos. Vamos lá:
Prazo de validade ?
A partir da fabricação, os pneus possuem prazo de validade de 5 anos. Para verificar a data, basta ir à lateral da peça e procurar pela sigla DOT (Department of Transportation). Ao lado dela, você verá um número de 4 algarismos.
Esse registo se refere à semana e ano de fabricação. Se o número for 2319, por exemplo, isso quer dizer que ele foi fabricado na 23ª semana de 2019. Caso não consiga identificar essa informação, consulte o manual do veículo.
Quilometragem ?
Não existe uma quantidade de km que especifique a troca de pneus. Isso depende muito das condições das vias por onde você transita. Ruas irregulares e estradas de terra, por exemplo, tendem a desgastá-los com mais facilidade.
No entanto, você deve fazer manutenções preventivas para acompanhar a vida útil. A cada 10 mil quilômetros, leve o carro para que seja feito o alinhamento e balanceamento.
Aproveite para fazer o rodízio dos pneus e deixar os mais novos no eixo em que há tração. Isso garantirá o desgaste simétrico, o que implica em redução e prevenção de custos.
Desgaste
Um pneu que tem uma vida de 50% de rodagem pode correr o risco de aquaplanar (deslizar sobre a água em condições de chuva). Além disso, quanto maior o tempo de uso, menos precisas serão as ações de frenagem e aderência ao solo.
Outro aspecto que contribui para o desgaste dessa peça diz respeito às condições ambientais onde ela é armazenada. Pneus guardados em locais com muita oscilação de temperatura ou expostos ao calor em excesso terão vida útil reduzida.
Vibração no volante
Você já teve aquela sensação de estar dirigindo em uma via cheia de pedrinhas, mesmo estando sobre um tapete liso e homogêneo de concreto? Aí você logo pensa: Das duas uma: ou o pneu furou, ou tem algum objeto dificultado o movimento.
Nada disso! A tremedeira do volante sinaliza que os pneus estão fora de equilíbrio. Esse estado de deterioração é causado por desníveis, buracos, excesso de calor, calibragem de pneus irregular ou freadas bruscas constantes.
O truque da moeda de 1 real ?
A criatividade do ser humano é uma coisa incrível! Grande exemplo dessa afirmação é a mágica que você pode fazer para saber se o seu pneu tem aquele sulco de, no máximo, 1,6 milímetros de profundidade permitido por lei.
Os sulcos servem justamente para indicar o desgaste do pneu. Eles dizem respeito aos frisos que ficam entre as bandas de borracha. Para saber se o número está de acordo com regulamentação, tem um truque.
Pegue uma moeda de R$ 1,00. Coloque-a na parte mais grossa do pneu, centro da banda. Caso você consiga visualizar a parte dourada do objeto, significa que está na hora de trocar a peça o quanto antes.
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Outros fatores
Além do que a gente explicou, existem outros motivos que determinam o momento certo para que você realize a troca dos pneus. O tipo dessas peças (se é radial ou diagonal) e o peso do que é transportado são alguns deles.
Além disso, se você é do tipo de motorista que não pode ver um buraco que já quer colocar a roda bem no meio dele, é bem possível que os pneus devam ser trocados com maior frequência. ?
O mesmo serve para os amantes dos arranques cinematográficos, das curvas com emoção e daquelas freadas que deixam marcas no chão e promovem aquele cheirinho (nada agradável) de borracha queimada!
Outro sinal que indica a necessidade da substituição é o inchaço na lateral. Sua presença significa que há danificação ou rachadura no quadro interno do pneu, o que faz com que a pressão do ar chegue às camadas externas flexíveis.
Caso note algum tipo de inchaço, o ideal é não continuar dirigindo. Sua segurança correrá risco porque a estrutura da peça está bastante comprometida e pode causar a explosão do pneu.
No momento da troca
Para garantir o melhor aproveitamento da vida útil dos novos pneus, o ideal é que todos sejam substituídos ao mesmo tempo. Isso promoverá maior segurança no desempenho, além de contribuir para a economia de combustível e para o funcionamento harmônico do veículo como um todo.
E se não for possível? Você pode trocar apenas um par de pneus. Mas isso vai depender muito de todas as condições que já mencionamos aqui, hein!
A dica é sempre seguir as recomendações do fabricante, as quais você pode acessar por meio do manual do proprietário. A forma como o rodízio é feito pode ser diferente para cada modelo de veículo.
Se o modelo for mais uniforme, por exemplo, não há muita diferença entre rodízio em paralelo ou em X. No entanto, se for mais acentuado nos pneus de um lado, a melhor opção é cruzá-los. Isso significa que o par de pneus novos deve ser colocado no eixo traseiro, que é o responsável pela estabilidade do automóvel.
A hora do estepe
Para finalizar esse artigo, uma perguntinha básica: Quantos pneus seu carro possui? Se você respondeu 4, significa que está na hora de abrir o porta-malas e procurar pelo estepe!
Ele merece total atenção e é um grande salva-vidas. É ele que vai quebrar seu galho naquele momento em que, no meio do nada e nos horários mais impróprios, um preguinho resolve invadir a borracha e causar um furo daqueles.
Por esse e outros motivos, o estepe deve ser revisado com frequência e substituído quando for necessário. Não se esqueça de, assim como você faz com os outros pneus, mantê-lo sempre calibrado.
Quando o assunto é troca de pneus, nada de seguir a filosofia do “não deixe para hoje o que você pode fazer semana que vem”, ok? Se você conhece outras dicas ou tem alguma história pra contar sobre essa peça fundamental do carro, escreva aqui nos comentários.