Você sabia que a Renault vai lançar um SUV Elétrico? Sim, será o Mégane E-Tech.
Você lembra do Megane? Vendido no Brasil entre 1998 e 2012, o Renault Mégane era um modelo médio com opções de carroceria hatchback, sedã, perua e até mesmo conversível. A segunda geração, com seu design moderno e muitas inovações tecnológicas, ganhou no importante título de Carro do Ano Europeu em 2003 e nacionalidade brasileira três anos depois.
Apesar de ser um ótimo produto, o Mégane sempre foi ofuscado por rivais de peso como Chevrolet Vectra, Honda Civic e Toyota Corolla. Além disso, nunca decolou em vendas nos 15 anos que esteve disponível nos concessionários brasileiros da Renault.
O sedã foi substituído pelo Fluence em 2011, que tinha a plataforma do Mégane de terceira geração, porém visual e nome próprios. Já a perua Grand Tour durou mais um ano, até ser substituída pelo SUV Duster.
Na Europa, carreira de sucesso
Na Europa, contudo, o Mégane seguiu sua trajetória de sucesso por mais duas gerações. Aempre com carrocerias cupê, hatchback, sedã, perua e conversível. Além de versões extremas e cultuadas, como a esportiva Renault Sport Trophy, com câmbio manual e 300 cv de potência.
Novos tempos, com eletrificação e estilo SUV elétrico
Mas os tempos são outros e o consumidor está em busca de um novo conceito de carro. Neste cenário, o SUV elétrico é uma ótima opção.
A Renault, atenta às tendências, revolucionou na quinta geração do Mégane. Ele passa a ser um SUV elétrico com muito estilo e muitas tecnologias inéditas. O modelo é uma vitrine do que poderá ser encontrado nos carros da marca francesa daqui para frente.
O Megane E-Tech tem nova plataforma, a CMF-EV, específica para modelos elétricos da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Seu grande destaque é acomodar os conjuntos de baterias com a melhor distribuição de peso possível, muito próxima de 50% do peso para cada eixo.
Baterias baixas privilegiam espaço e aerodinâmica
Falando em baterias, no novo Mégane elas foram projetadas para se integrar totalmente com a plataforma CMF-EV. Leves, têm 395 quilos e apenas 11 centímetros de altura. Isso as faz as mais finas do mercado. Este formato compacto permite que o Mégane seja mais baixo e aerodinâmico, o que contribui de maneira considerável para a redução do consumo de energia e, consequentemente, ampliação da autonomia.
As baterias têm duas opções no agora SUV elétrico Mégane:
- 40 kWh com oito módulos e 24 células cada para uma autonomia de 300 quilômetros;
- 60 kWh, com 12 módulos e 24 células distribuídas em duas camadas que fornecem alcance de até 470 quilômetros.
A direção elétrica também é nova, com relação reduzida, o que deixa a condução mais ágil e direta.
Motor elétrico é novo
O motor elétrico do Mégane E-Tech é totalmente novo, foi desenvolvido e é produzido pela Renault. Seu sistema síncrono com o rotor bobinado ganhou uma série de evoluções e ficou bem mais leve. Contando com a transmissão, pesa apenas 145 quilos, 10% mais leve comparado com o do compacto elétrico Renault Zoe, e entrega mais potência e torque.
Versão mais potente chegará ao Brasil
Na Europa, o motor elétrico oferece duas configurações. A primeira tem potência de 96 kW (130 cv) e 250 Nm (25,5 kgfm) de torque. Enquanto a segunda opção chega a 160 kW (218 cv) e 300 Nm (30,6 kgfm) de torque. É justamente esta configuração mais potente que deve ser a escolhida para equipar o Megane que será vendido no Brasil. Com ela, o SUV pode acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 7,4 segundos.
Porte de SUV compacto
O Mégane mede 4,21 metros de comprimento, 1,78 m de largura e 1,50 de altura. Isso lhe confere um porte semelhante ao de SUVs como o Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, Nissan Kicks e Volkswagen T-Cross. A grande sacada, contudo, é a distância entre-eixos de 2,70 m, o que privilegia o espaço interno para passageiros e para as bagagens (o porta-malas tem bons de 440 litros de capacidade).
Linhas modernas indicam uma nova Renault
Futuristas e elegantes, suas linhas exalam modernidade e chamam a atenção. Porém, sem os exageros típicos dos veículos elétricos. Faróis e lanternas em LED são bem delineados, as laterais são limpas (as maçanetas são embutidas), com linha de cintura alta e teto baixo. Nas laterais, rodas de 20 polegadas conferem agressividade e dão um visual musculoso ao Mégane.
Do lado de dentro, novamente a Renault sobe de patamar e se aproxima de marcas premium, com materiais de alto nível e muita qualidade. Novamente, a marca francesa manteve os pés no chão e oferece um interior mais convencional, sem grandes viagens futuristas.
Alta conectividade e telas de alta definição
Das telas não há como fugir. A central multimídia de 12 polegadas tem:
- Tela Gorilla Glass de formato vertical;
- Processador Qualcomm de oito núcleos;
- Sistema operacional batizado OpenR Link, com Google Maps para navegação, Spotify para música ou Google Assistant para controle de voz, além da loja Google Play, que permite instalar diferentes aplicativos compatíveis no veículo.
Há conexão sem fio para os sistemas Apple CarPlay e Android Auto em todas as versões.Também há sistema de áudio Arkamys com seis alto-falantes ou o de alta fidelidade da Harman Kardon, com nove saídas de som. Outro destaque do Mégane E-Tech é o aplicativo My Renault, que possibilita o acesso de maneira remota aos dados do veículo e às atualizações de software (carro e sistema).
No Brasil em 2023 e com preço próximo dos R$ 400 mil
O novo Renault Mégane parte dos 35.200 euros (R$ 104 mil) e pode chegar aos 47.700 euros (R$ 260 mil) da versão topo. E é justamente esta que está cotada para o Brasil, o que faria que seu preço superasse os R$ 350 mil. O lançamento por aqui, contudo, não deve acontecer antes do segundo semestre de 2023.