O carro elétrico está se tornando realidade muito mais rápido do que o previsto. Na União Europeia, os países membros não poderão vender automóveis novos com motores a combustão a partir de 2035. Em 2021, 375 mil carros elétricos novos ganharam as ruas e estradas dos EUA. Na China, o maior mercado automotivo do mundo, nada menos do 2,3 milhões de modelos a bateria foram vendidos no último ano.
Brasil vê disparada nas vendas
Até no Brasil, onde o carro elétrico carece de incentivos governamentais e sofre com o alto preço do dólar, o cenário é promissor. Em 2021, as vendas de carros elétricos cresceram 257% e atingiram 2.860 unidades. Se forem incluídos os modelos híbridos e híbridos plug-in, a alta é de 77% em relação a 2020, somando 34.990 unidades.
E como faço para carregar?
Diante deste aumento nas atitudes sustentáveis, ficam as perguntas: onde carregar os carros elétricos? É possível usar a tomada de casa? Existem adaptadores de tomada para carros elétricos?
Quando você compra um carro elétrico ou um híbrido plug-in, vem junto um carregador específico. Ele pode ser ligado a uma tomada comum de 10 ampéres e 110 volts. Entretanto, é recomendável que um eletricista faça uma avaliação da rede elétrica da residência e verifique a necessidade de instalação de um disjuntor mais potente. Por isso, muita gente ainda têm dúvidas sobre adaptadores de tomada para carros elétricos.
É preciso ter paciência
O problema das tomadas comuns é o tempo necessário para o carregamento completo da bateria, que pode chegar a 20 horas. Se for usada uma tomada de 20 ampéres e 220 volts, mas ainda com o carregador doméstico, o tempo cai pela metade.
Com a wallbox é “pá pum”
A melhor opção é a instalação na garagem de uma wallbox. É uma pequena estação acoplada à parede que já pode ser encontrada em alguns shoppings, condomínios e estacionamentos. O equipamento exige uma instalação especial de 220 volts com saída de 32 ampéres e tem um custo mais elevado, podendo chegar a R$ 15 mil, sem contar a mão de obra.
A principal vantagem é o tempo de recarga, que pode ser de duas horas para uma carga completa ou de apenas 30 minutos para 80% da capacidade do conjunto de baterias. Além disso, as wallboxes:
- Permitem uma tensão estável;
- Protegem os sistemas elétricos do imóvel e do carro;
- Podem ser ligadas a painéis de energia solar;
- Têm seu desempenho acompanhado remotamente por aplicativos para celular.
Carregadores rápidos e de graça
Outra alternativa é utilizar os pontos de recarga rápida espalhados pelas grandes metrópoles, normalmente gratuitos. Alguns deles são ainda mais potentes do que as wallboxes e podem carregar o conjunto de baterias em menos de uma hora. Por serem mais raros e eficientes, também são os mais disputados.
Aí que entram os adaptadores de tomada para carros elétricos
A maioria dos carros elétricos à venda utiliza conectores Type 2, o padrão europeu. Ou seja, nos pontos de recarga compartilhada normalmente o cabo que sai da wallbox é deste tipo. Acontece que nem todos os elétricos usam este padrão. O Nissan Leaf e os modelos da JAC usam, respectivamente, conectores J1772 e GB/T, japonês e chinês.
Nestes casos, é necessário usar adaptadores de tomada para carros elétricos, normalmente cabos curtos com um conector Type 2 em uma ponta e outro no padrão original do veículo na outra. O problema é que nem sempre as walboxes reconhecem este tipo de artifício e podem simplesmente não carregar a bateria do veículo.
Tecnologia deve baratear
Com a popularização e a conscientização da sociedade através de atitudes sustentáveis, a tecnologia deve baratear a médio prazo. A tendência é que os carros elétricos, as baterias para reposição e todos os equipamentos necessários para a o carregamento diminuam consideravelmente de preço nos próximos anos. E aí também entram os adaptadores de tomada para carros elétricos.
Para ficar apenas no segmento automotivo, foi assim com o câmbio automático, ar-condicionado, direção assistida, centrais multimídia, com os equipamentos de segurança (airbags, freios ABS e controles de tração e estabilidade, alertas de colisão), entre muitos outros. Antes restritos aos modelos mais caros, com o tempo foram equipando carros de segmentos inferiores até chegarem aos mais baratos.