Diversos países possuem um sistema de pedágio — cada um com suas particularidades. Descubra o funcionamento do pedágio no Brasil
Ao fazer uma viagem de carro (especialmente viagens interestaduais), é provável que você dê de cara com uma praça de pedágio. Por isso, veja bem quais rodovias você irá dirigir.
Imagine que você está indo aproveitar um revigorante fim de semana na praia. A poucos quilômetros do destino final, você chega em uma praça de pedágio. Mas tudo bem, porque você já sabia disso.
Você dirige até a catraca, abaixa o vidro do carro para fazer o pagamento, entrega o cartão de crédito através da janela e… “Só aceitamos pagamento em dinheiro”, diz o operador de pedágio. “Não aceitamos cartão de crédito, desculpe.”
E aí está o problema: tudo o que você tem é um cartão de crédito e uns trocados no porta-luva que não servirão de nada.
E agora? Situação desagradável, não é?
A seguir, aprenda como funciona o pedágio no Brasil, as formas de pagamento, os direitos que você tem (e que talvez você não saiba) quando está dirigindo em uma rodovia pedagiada e outras curiosidades.
Quando foi instituído o pedágio no Brasil e para que ele serve?
O primeiro pedágio no Brasil considerado oficial foi implementado no estado do Rio de Janeiro, na região de Mangaratiba. A taxa era cobrada na Serra do Piloto e tinha a finalidade de pagar a conservação e custo da estrada.
Para que você entenda como funciona o pedágio no Brasil, é necessário destacar que as prioridades do Governo são saúde e educação. Dessa forma, existe a falta de recursos financeiros investidos nas estradas do país.
Mas as estradas precisam de cuidados, certo? Precisam estar em boas condições de uso.
Nesse caso, o Governo transfere a administração dessas rodovias para empresas privadas — isto é, concessionárias. Simplificando: elas se tornam responsáveis por cobrar o pedágio e fazer a manutenção das estradas.
Além disso, essas empresas privadas têm o dever de ofertar serviços para você. Veja alguns deles:
- Telefones para ligações de emergência;
- Segurança ao trafegar pela rodovia;
- Guincho 24h para remoção de veículos que enfrentam problemas na pista;
- Atendimento médico de urgência.
Mas e sobre a taxa? Você sabe como ela é calculada? E por que o valor muda dependendo da praça de pedágio?
Como são estipuladas as taxas de pedágio?
Como você verá ainda neste artigo, o valor da taxa não é o mesmo em todas as praças de pedágio. Alguns dos fatores que influenciam isso dizem respeito aos investimentos da concessionária na rodovia e a quantidade (e tipos) de veículos que circulam por ela.
Mas isso não é tudo…
Veículos de passeio (como carro e moto) pagam pedágios mais baratos do que veículos de transporte comercial (como veículo de carga e ônibus de viagem).
Como funciona o pagamento de pedágio no Brasil?
Como algumas rodovias são administradas por concessionárias diferentes, as formas de pagamento variam. Veja algumas:
- Dinheiro;
- Cartão de crédito;
- Cartão de débito;
- Boleto bancário;
- Tag de pedágio (pagamento eletrônico automático).
Sobre o boleto bancário, você deverá pagá-lo em até 72 horas, senão estará cometendo uma infração de trânsito grave — multa de R$195,23 e adição de 5 pontos na CNH.
Quer nosso conselho para que você evite imprevistos estressantes na viagem? Verifique por quais praças de pedágio você irá atravessar e quais formas de pagamento elas aceitam.
Quantos pedágios têm no Brasil?
O Brasil é o país que mais possui praças de pedágio em todo o mundo, com cerca de 376. Quase metade delas (180) se localizam apenas no estado de São Paulo.
Além disso, somente 48% dos estados brasileiros cobram essa taxa. Por exemplo, há 15 praças de pedágio no Nordeste e nenhuma no Norte.
Quais as praças de pedágio mais caras?
Algumas regiões do país cobram um pedágio mais caro, especialmente nas praças de pedágio localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Algumas delas são:
- Piratininga (SP): R$ 27,4
- Riacho Grande (SP): R$ 27,4
- Jataizinho (PR): R$ 24,6
- Jacarezinho (PR): R$ 22,7
- Sertaneja (PR): R$ 21,1
- Engenheiro Pierre Berman (RJ): R$ 19,3
- Araraquara (SP): R$ 16,9
- Catiguá (SP): R$ 16
- São José dos Pinhais (PR): R$ 15,2
- Itatiaia (RJ): R$ 14,4
Existe pedágio fora do Brasil?
Sim, outros países também têm sistema de pedágio.
Países como Estados Unidos e Inglaterra adotaram o pedágio urbano. Nele, a taxa cobrada não serve para custear os investimentos na qualidade das estradas (como ocorre no Brasil). Mas sim para gerar um trânsito leve, sem engarrafamentos.
O pedágio urbano deve levar à reflexão de “se eu me locomover de transporte público, não terei que pagar nenhuma taxa”.
Em Cingapura, o sistema de pedágio é moderno e rápido. Os carros possuem um chip no parabrisa. Ao ser reconhecido por um sensor, ele faz o pagamento eletronicamente. Esse tipo de sistema de pedágio só passou a ser oferecido no Brasil a partir dos anos 2000, mas apenas 11% dos brasileiros têm carros com tag (um adesivo com um chip) atualmente.
Uma dica valiosa…
Antes de fazer uma viagem, analise todos os gastos, incluindo os pedágios. E também fique atento aos direitos que você tem ao trafegar por uma rodovia pedagiada — além do mais, você está pagando uma taxa e deve sim dirigir por uma estrada de qualidade.
Mas analisar os gastos é tudo? O que você acha de viajar com mais tranquilidade e segurança?
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