A demanda mundial por energia elétrica cresce cada dia mais, em especial com a popularização dos carros elétricos. Na União Europeia, por exemplo, será proibido vender carros com motores a combustão a partir de 2035. Mas a ideia é de um conceito de cidade sustentável como um todo, não só na mobilidade, como também nas atividades industriais e domésticas que dependem da eletricidade.
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Cidade sustentável, energia limpa
A busca por uma cidade sustentável depende muito da maneira como toda essa energia é gerada. Hoje, existem diversas formas de geração, porém nem todas são limpas. Vamos conhecer um pouco de cada uma:
- Usinas termelétricas: as termelétricas são as mais poluentes, pois geram energia através da queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural;
- Usinas hidrelétricas: usa a força da água para a geração de energia elétrica. Apesar de ser uma forma limpa, necessita de grandes reservatórios de água para movimentar as turbinas. E justamente estes reservatórios são os vilões, pois causam impactos ambientais consideráveis. Além disso, em épocas de poucas chuvas esses reservatórios têm a capacidade comprometida, prejudicando a geração;
- Usinas nucleares: a energia é proveniente de uma fissão nuclear utilizando o urânio como combustível. O vapor d’água liberado movimenta as turbinas que geram energia. O maior risco de uma usina nuclear é o de um acidente que provoque vazamento de material radioativo;
- Usinas fotovoltaicas: aproveitam a luz solar para gerar energia e é considerada uma das maneiras mais inteligentes de geração, pois não necessita de grandes investimentos. Cada casa ou empresa pode ter seus painéis solares e gerar sua própria energia;
- Usinas eólicas: a eólica é um tipo de energia gerada por meio dos ventos, os quais movimentam turbinas e transformam a energia mecânica em energia elétrica. É igualmente limpa como a solar, porém demanda um investimento muito mais elevado.
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Vamos conhecer um pouco mais sobre a energia eólica e sua importância para uma cidade sustentável?
A energia eólica utiliza a energia cinética dos ventos para movimentar as pás e, por consequência, ativar os aerogeradores (turbinas). Para serem eficientes, os aerogeradores devem ser instalados em regiões mais altas, a fim de captar a maior quantidade de vento possível.
O movimento das enormes pás gera energia mecânica, que é transformada em energia elétrica por meio da indução eletromagnética que ocorre em um gerador. Os parques eólicos, como são chamados os conjuntos de aerogeradores, podem ser instalados tanto em terra (onshore) quanto no mar (offshore).
No Brasil, cerca de 9% de toda a energia elétrica gerada vêm de parques eólicos. A região que concentra a maior produção de energia eólica é a Nordeste. Em outubro de 2020, todo o país tinha 653 parques eólicos, estando 82% nesta região, principalmente porque as condições naturais são favoráveis para a geração de energia eólica.
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Vantagens da energia eólica
- É uma energia limpa pois não emite poluentes na atmosfera no processo de geração de energia;
- Sua fonte é um recurso inesgotável e, por isso, é uma energia renovável;
- Proporciona a redução da dependência dos combustíveis fósseis;
- Permite a diminuição da emissão dos gases do efeito estufa;
- Gera empregos nas regiões onde os parques eólicos são instalados.
Desvantagens
- O vento é muito irregular, então a geração de energia muitas vezes pode ser imprevisível;
- Os equipamentos têm um custo expressivo;
- É preciso criar um grande parque eólico para comportar os aerogeradores;
- Um grande impacto visual e sonoro é gerado para quem mora nos arredores;
- Os aerogeradores podem afetar o movimento migratório de aves.
Energia eólica é complementar
A eólica é vista como uma forma complementar de geração de energia, justamente pela irregularidade dos ventos. Como dito acima, apenas 9% da geração brasileira vêm da força dos ventos. A forma mais comum é a hidrelétrica (59,3%), seguida pela termelétrica (25,6%). Há ainda as pequenas centrais hidrelétricas (3%), as centrais fotovoltaicas (1,5%), usinas nucleares (1%) e as centrais geradoras hidrelétricas (0,6%).
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