Não apenas os carros elétricos, que tiveram um aumento de nada menos do que 257% nas vendas no Brasil em 2021, estão fazendo cada vez mais sucesso. As motocicletas e scooters movidos a bateria estão cada vez mais presentes nas ruas dos grandes centros brasileiros. E, por não serem tão caras, as motos elétricas são uma excelente alternativa de mobilidade sustentável.
Um estudo divulgado em meados do último ano pela plataforma de compra e venda Mercado Livre apontou que a busca por motos elétricas subiu nada menos do 1200% entre maio de 2020 e maio de 2021.
O interesse foi motivado pela pandemia de Covid-19, que obrigou o isolamento social e, ao mesmo tempo, revelou que ter um ou mais carros não era mais necessário. Além do apelo ecológico, a alta nos preços dos combustíveis também foi determinante para o aumento na procura.
Enquanto em uma moto flex de 150 cm³ o custo por quilômetro rodado é de cerca de R$ 0,10, com uma moto elétrica é de R$ 0,003. Além disso, o modelo movido a bateria não exige gastos com a manutenção, apenas troca de pneus. Não é necessário trocar óleo ou substituir a relação em motos elétricas. E o recarregamento das baterias pode ser feito em tomadas comuns de 110 ou 220 volts.
E não pense que motos elétricas custam muito mais do que uma similar com motor a combustão. Diferentemente dos carros, os preços são compatíveis e há opções a partir de R$ 9,9 mil. Separamos os modelos mais procurados no mercado brasileiro.
Vale lembrar que as motos elétricas abaixo exigem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria A e emplacamento, assim como toda a documentação. Em alguns estados há isenção de IPVA e outros benefícios para veículos elétricos.
Produzidas em Recife (PE), as motos elétricas da Voltz estão entre as mais vendidas do Brasil. O modelo EVS, a não ser pela carenagem do conjunto motor-bateria, pode ser facilmente confundido com uma moto a combustão da Honda ou Yamaha.
A EVS tem baterias que proporcionam uma autonomia de até 180 quilômetros – com uma bateria, a autonomia cai para 100 km. A potência de até 7.000 Watts permite chegar aos 120 km/h de velocidade máxima. Custa R$ 20,5 mil.
Já o EV1 é um scooter que tem até entrada USB, Bluetooth e chave presencial. Sua potência é de 3.000 W, com velocidade máxima de 75 km/h e autonomia de 180 km com duas baterias. Seu preço é de R$ 13 mil.
É a moto elétrica mais barata da lista e pode ser adquirida por R$ 9,9 mil. Valor semelhante ao de um scooter Honda Elite 125 movido a gasolina. A SE1 tem motor com 2.000 w de potência, velocidade máxima de 60 km/h e uma autonomia de 80 km. A bateria de lítio é removível e pode ser completamente recarregada em oito horas.
A Shineray SHE 3000 é voltada para o trabalho e pode transportar até 150 quilos de peso. É impulsionada por um motor elétrico de 3000 W de potência montado diretamente na roda traseira. Pode chegar aos 80 km/h e tem autonomia de 120 km. As vendas devem começar ainda em 2022 e seu preço, ainda não definido, vai ficar na faixa dos R$ 12 mil a R$ 15 mil.
O destaque da Energie Mobi Super Soco TC é seu design retrô. Tem motor Bosch de 1.500 W, 75 km/h de velocidade máxima e autonomia de 60 ou 120 km (por meio da compra de uma bateria extra). Produzida em São Paulo – e tabelada a R$ 21,9 mil -, conta também com iluminação full-LEDs, painel com tela LCD e ajustes de suspensão traseira.
Assim como a Energie, a Muuv Chooper SE apela para o visual diferenciado, com estilo custom, banco único e guidão alto. Seu motor de 2000 W pode levá-la aos 50 km/h e a bateria permite uma autonomia de 40 km. Custa R$ 15,5 mil.
Com visual e porte (e preço) de moto superesportiva, a GWS K14RS tem motor com 14.000 W que permite uma velocidade máxima de 170 km/h e autonomia de 150 km. Custa salgados R$ 96,5 mil (quase o mesmo de uma BMW S1000RR) e tem conjunto ótico de LED, conexão Bluetooth para smartphone e freios a disco.
Se o visual da K14RS é de superesportiva, a K8000R apela para as nakeds para conquistar os fãs de duas rodas. O motor elétrico desenvolve 8.000 W, a sua velocidade máxima é de 130 km/h e a autonomia também é de 150 km. Pelos R$ 65 mil pedidos pela K8000R é possível comprar uma Yamaha MT-09 e ainda ficar com R$ 8 mil de troco.