Nas últimas décadas, os carros deram um salto significativo em termos de tecnologia. Basta comparar o modelo mais caro vendido na década de 1980 com o mais simples e barato dos dias atuais. Pode ter certeza que o novo vai dar um banho no antigo na quantidade de sensores, módulos de controle, centrais eletrônicas, equipamentos e componentes elétricos.
Mas e a bateria do carro? Será que ela também evoluiu? A vida útil da bateria aumentou?
Entretanto, existe um item que não teve grandes evoluções e pode ser perfeitamente compartilhado entre um carro da década de 1960 e um 2022. Estamos falando da bateria de 12 volts. Ela é a responsável por fornecer energia elétrica para diversos sistemas do carro. Nos últimos 60 anos, o componente é praticamente o mesmo.
Sua maior evolução foi ter deixado de exigir manutenção. Até o início dos anos 1990, era necessário completar o nível das placas com água destilada de tempos em tempos. Outra mudança importante foi o aumento de sua capacidade para atender os carros com Start & Stop. Esse é um sistema que desliga e religa o carro sozinho em paradas prolongadas para economizar combustível. Mas e a vida útil da bateria? o que fazer para aumentar?
Apesar de não ser necessário fazer uma verificação periódica, as baterias exigem alguns cuidados para que durem mais. Em condições normais, a vida útil da bateria de um carro varia entre dois e três anos. Porém, é possível prolongar este prazo adotando hábitos bem simples. Confira!
O momento crucial da bateria é a partida a frio. Quando o motor está desligado há muitas horas, sua temperatura é reduzida. Assim, é necessário mais energia para que as velas consigam fazer a explosão da mistura de ar e combustível.
Se no momento da partida a bateria também precisar fornecer energia para outros sistemas (como central multimídia, ventilação e faróis, por exemplo), ela será mais exigida. Desta forma, sua vida útil será reduzida. Para que isto não ocorra, sempre desligue ar-condicionado, sistema de áudio e iluminação antes de dar partida.
A maioria dos carros modernos possui um sistema de segurança que desliga automaticamente qualquer componente elétrico após um certo período de tempo. Assim, caso uma luz interna seja esquecida ligada, ela será desligada e não descarregará a bateria.
Entretanto, alguns modelos não possuem a facilidade. Por isso, podem ter dificuldades de partida se houver um descuido. Isso ocorre principalmente se a bateria já estiver desgastada e no fim da vida útil. Então preste sempre atenção se não deixou nada ligado antes de sair do carro.
Os pólos positivo e negativo das baterias são protegidos por uma capa para que não fiquem expostos. Entretanto, não é raro a capa ser esquecida aberta, principalmente depois de ser feita uma recarga rápida com o auxiliar de partida.
Também é comum a oxidação dos pólos. Isso resulta em uma camada esverdeada chamada azinhavre – e popularmente (e erroneamente) conhecida por “zinabre”. Com o tempo, o acúmulo da substância pode prejudicar a passagem de corrente elétrica. Para evitá-la, basta fazer a limpeza com uma mistura de água com bicarbonato de sódio.
O alternador é o responsável em transformar o movimento do virabrequim do motor na energia elétrica que abastece a bateria. Isso acontece através da correia de acessórios. Ela também movimenta a bomba d’água, o compressor do ar-condicionado e a bomba da direção hidráulica.
Qualquer problema no alternador vai prejudicar o fornecimento de energia para a bateria e, consequentemente, o funcionamento do motor. Por isso, se a luz da bateria acender no painel com o carro em funcionamento, procure imediatamente um auto-elétrico porque o alternador pode estar com problemas.
Em boas condições, uma bateria pode suportar mais de um mês sem a necessidade de partida do motor para que seja carregada pelo alternador. Entretanto, por precaução, coloque o carro para funcionar semanalmente para evitar surpresas, caso ele fique longos períodos parado. Se o carro tiver que ficar parado mais de 30 dias, solte os cabos que ligam os pólos da bateria para evitar o descarregamento.
Para explodir a mistura de ar e combustível, a corrente elétrica passa pelas bobinas, pelos cabos de velas e pelas velas. Se neste caminho houver algum problema, a vida útil da bateria será reduzida. Isso porque ela será mais exigida para manter o funcionamento do motor. Siga sempre os prazos de troca e especificações recomendados no manual do proprietário do veículo.
Hoje, os carros possuem uma central eletrônica toda interligada. Muitos componentes dependem do bom funcionamento de outros e tudo é calibrado para não haver problemas. Ao instalar um acessório não original, como uma central multimídia, um sistema de áudio poderoso, um alarme ou lâmpadas mais potentes, muitas vezes o fornecimento de energia fica comprometido e defeitos podem aparecer. E quem vai sofrer é a bateria, que não terá carga e amperagem suficientes para alimentar tantos equipamentos.
A não ser que algum equipamento seja esquecido ligado, a bateria não acaba de uma hora para outra. Ao fim da vida útil da bateria, ela começa a dar sinais antes de pedir arrego. Dificuldades na partida, odômetro parcial e relógio zerados ou oscilação das luzes são alguns deles. Caso isso aconteça, procure um auto-elétrico e peça para ele medir a tensão elétrica com um voltímetro.
Se a bateria arriar, use sempre um cabo auxiliar conectado a outra bateria para dar partida, a popular “chupeta”. Nunca faça o carro pegar no tranco, pois a antiga prática pode trazer danos graves ao motor do carro.
Alguns modelos mais novos possuem sistemas de segurança para proteger a parte eletrônica e nem a chupeta é aceita. Nestes casos, a bateria tem que ser retirada e carregada fora do veículo com uma carga lenta.
Quando chegar a hora da troca, siga sempre as recomendações do manual do proprietário. Muito embora seja comum trocar por outra bateria de amperagem mais alta, procure sempre manter o mesmo padrão original de fábrica. E dê preferência às marcas de bateria usadas pelo fabricante do veículo. As baterias de segunda linha são mais baratas, porém sua durabilidade chega a ser três vezes menor.
Além disso, utilize sempre o seu seguro auto para te ajudar em situações de imprevistos como uma bateria arriada.