Nos últimos 20 anos, o mundo viveu uma verdadeira revolução tecnológica. No começo dos anos 2000, a internet ainda dava seus primeiros passos. Hoje, além de termos todo tipo de serviço nos smartphones, estamos cada vez mais avançados na eletrificação dos carros e cada vez mais próximos dos veículos autônomos.
De acordo com a multinacional de consultoria Ernst & Young, os carros com algum tipo de condução autônoma terão 4% de participação nas vendas até 2025. Dez anos depois, a empresa projeta que o número atinja 75%. E o carro autônomo traz uma série de benefícios. Vamos a eles.
A maior parte dos acidentes é causada pelo condutor. Os veículos autônomos podem tomar as decisões mais seguras para todos os seus passageiros e também para os veículos ao redor deles. Além disso, os veículos autônomos se comunicam entre si, podendo prever o que vai acontecer mais à frente.
Com veículos circulando todos na mesma velocidade e sem mudar de faixa, os congestionamentos tendem a diminuir. Além disso, o carro autônomo poderá ser compartilhado, reduzindo a quantidade de veículos nas ruas.
Pessoas sem habilitação e até idosos e crianças poderão aproveitar os benefícios do transporte particular, graças à tendência dos carros autônomos. Essa nova tecnologia também será decisiva para a maior mobilidade de pessoas com deficiência.
Extremamente racional e previsível, os carros autônomos tendem a durar mais e necessitarem de menos manutenção. Além disso, muitos de seus possíveis problemas poderão ser corrigidos a partir de atualizações de software.
Por fim, os carros autônomos também serão mais sustentáveis e menos poluidores, pois são veículos 100% elétricos, de menor emissão de gases, além de mais silenciosos. Além disso, por serem automaticamente controlados, terão desgaste menor de componentes como pneus, freios e demais componentes, o que permite uma produção menor desses itens e, consequentemente, menores emissões de poluentes.
Há pelo menos três décadas o desenvolvimento do carro autônomo já acontece. As soluções aos poucos são incorporadas aos modelos que ainda dependem do motorista, inclusive nos com motores a combustão. Exemplos: monitoramento de troca de faixa sem dar sinal, piloto automático ativo, assistência de estacionamento ativa, entre outras.
Nos últimos cinco anos, a tecnologia do carro autônomo deu um salto ainda maior. Marcas como a Tesla, por exemplo, já equipam seus modelos com sistemas de condução autônoma. Elas permitem que o motorista seja praticamente um passageiro atrás do volante. Não é preciso acelerar, frear ou sequer girar o volante. O carro faz tudo sozinho, porém ainda é necessária alguma interação com o condutor.
O passo seguinte é o carro que não tem volante, pedais ou um comando sequer. Basta os passageiros entrarem, escolherem o destino que o veículo se encarrega de levá-los com toda segurança e conforto. Muito mais que a comodidade, a tecnologia do carro autônomo promete trazer um trânsito mais seguro, limpo e fluido.
Através de centenas de sensores, radares e câmeras, além do GPS, os carros autônomos usam a inteligência artificial. Ela é usada para interpretar a sinalização, a posição dos outros veículos e dos pedestres, as condições da via e do tráfego e definir os caminhos que devem seguir. A Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE) tem uma escala de automação. Confira:
Hoje, a maior parte dos veículos em circulação estão nesse nível. São modelos com nenhum tipo de automação e que dependem totalmente do condutor para se movimentar.
A partir deste nível, já existe algum sistema auxiliar automatizado, como controle de velocidade e aceleração. Porém, ainda exige o controle e a supervisão de um motorista habilitado.
Na automação parcial, os veículos autônomos possuem sistemas simultâneos que funcionam de forma paralela. Como os controles que monitoram a sua velocidade do carro e a distância para o carro à frente ao mesmo tempo. Ainda assim, tudo precisa ser iniciado e controlado pelo motorista.
Nesta categoria, já há alguns recursos autônomos, como frenagem automática de emergência, sistema ativo de manutenção do veículo na faixa de rolagem. Entretanto, ainda necessitam da intervenção do condutor.
O nível 3 inclui os veículos semi autônomos, como os Tesla com o sistema AutoPilot. Eles são capazes de se locomover de maneira autônoma por partes restritas do percurso se certas condições são atendidas. No entanto, podem existir momentos em que o motorista precisa tomar decisões.
Neste nível, os veículos são capazes de fazer trajetos completos. Porém, o motorista ainda é necessário para tomar decisões no caso de emergências e demais eventos que fujam do planejado durante o percurso.
Por fim, chegamos ao nível máximo de automação, onde não há qualquer necessidade de interação com um condutor. Os comandos podem ser transmitidos para o sistema via celular ou comandos de voz e não há volante ou pedais. O veículo é praticamente uma sala onde os não precisam prestar atenção à direção, podendo assistir TV, ler ou conversar.