A cidade de São Paulo, que com 699,2 quilômetros de extensão tem hoje a maior malha cicloviária do Brasil, vai ganhar mais 160 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas até o fim de 2022. O objetivo da Prefeitura de São Paulo é alcançar 1,0 mil quilômetros de malha até o fim de 2024, conforme previsto no Plano de Metas.
Até 2028, São Paulo terá uma malha cicloviária de 1,8 mil quilômetros. Para tanto, já foram definidos, em conjunto com a sociedade civil, o traçado de pouco mais de 160 quilômetros de novas vias exclusivas para as bicicletas.
Destes, 48 quilômetros foram contratados por meio de duas concorrências e já estão em processo de implantação. Os demais 112 quilômetros serão implantados por meio da PPP (parceria público-privada) da Secretaria de Habitação. Confira os locais que ganharão ciclovias até o fim deste ano:
O resultado do novo levantamento da Associação Ciclocidade, realizado em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), demonstra como a execução do Plano Cicloviário da Prefeitura de São Paulo é benéfica para quem pedala na capital.
Na primeira edição, realizada ainda em 2018, a Ciclocidade apontou que 41% da malha de 485 quilômetros existentes à época tinham problemas de manutenção. Já no levantamento realizado neste ano de 2022, o número caiu para 19%.
O Plano Cicloviário lançado em 2019 levou em consideração os apontamentos feitos pela sociedade civil, incluindo o levantamento da Ciclocidade de 2018, para expandir e requalificar a malha cicloviária existente. Entre 2019 e 2020 foram construídos mais de 170 quilômetros de novas estruturas cicloviárias e requalificados mais de 320 quilômetros da malha previamente existente.
Com o propósito de corrigir as deficiências como as indicadas pela Auditoria Cidadã 2022 da Estrutura Cicloviária de São Paulo e manter a conservação da rede, a Secretaria de Mobilidade e Trânsito está finalizando o edital para o serviço de manutenção da malha. A licitação será por meio de ata de registro de preços para a prestação de serviços de manutenção dos 700 quilômetros de vias dedicadas às bicicletas.
Depois de um boom inesperado nos dois primeiros anos da pandemia de Covid-19 – motivado pelo isolamento social e pela impossibilidade de se praticar esportes coletivos e frequentar academias – a produção de bicicletas está em queda no país.
De acordo com dados da Abraciclo (Associação Brasileira do Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), foram produzidas 48.422 bicicletas no Polo Industrial de Manaus (AM) em setembro de 2022, queda de 42,2% em relação ao mesmo período de 2021, quando saíram das linhas de montagem 83.766 unidades.
Esta perda de interesse pelas bikes pode ser sentido nas lojas. Se entre 2020 e 2021 faltavam bicicletas nas lojas, neste ano a situação é oposta. Há uma enorme oferta de modelos novos, de todos os preços e modelos.
Entre as usadas, a oferta de “orfãs da reabertura” é imensa. Devido à normalização das atividades após a vacinação e a queda no número de casos e mortes por Covid-19, aquela bike comprada no início da pandemia foi encostada no fundo da garagem.
Como muita gente investiu em modelos mais caros, até pela falta das bikes de entrada na época, agora é hora de recuperar o dinheiro. Nas plataformas e sites de compra e venda de bicicletas usadas, a imensa maioria é de unidades de 2020 e 2021.
Para quem está de olho em uma para aproveitar o aumento da malha cicloviária de São Paulo, a boa notícia é que os preços começam a cair.