Será que é possível vencer esses desafios?
Ah, os desafios da mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras. O tópico já está presente em nosso cotidiano há tempos, mas ganhou um bom destaque nos últimos anos, quando as pessoas e empresas passaram a voltar mais de sua atenção para o tema.
Se você mora em uma metrópole ou região central, sabe como funciona. Se já passou por alguma delas, principalmente na hora do rush, viveu na prática e não deve ter nem um pingo de saudade de se sentir impotente em meio a um fluxo de carros, ônibus e passageiros que parece não ter fim.
É fato que esse tipo de situação é bem desagradável: eu mesma já passei por ela váaarias vezes. Porém, ainda pode haver soluções para mudar o jogo e melhorar de uma vez por todas essa mobilidade, tão importante na sociedade em que vivemos, que deseja cada vez mais agilidade.
Vamos conversar sobre essa tal mobilidade e quais são as possíveis soluções para o problema.
Antes de avançarmos para o assunto, vale a pena entender qual é a definição desse termo tão usado, mas nem sempre compreendido.
Podemos definir mobilidade urbana como as viagens feitas diariamente pelos habitantes de uma cidade, além dos meios e condições associadas a esse transporte.
Alguns dos itens que fazem parte da mobilidade urbana são os meios de transporte, a duração das viagens e o tempo gasto no trajeto, entre outros assuntos relacionados à locomoção nas cidades.
Apenas para deixar claro, urbano se refere às cidades, em oposição ao rural, que trata do campo, beleza?
Infelizmente não são poucos. É fato que a população tende a crescer e, consequentemente, o espaço disponível a diminuir, mas é preciso fazer todo o possível para que a mobilidade não se transforme em um problema crítico.
Entre tantos assuntos que podemos discutir, dois dos principais são os seguintes:
Você pega o trem e o metrô no horário de pico, em que a maioria do pessoal está indo para o trabalho ou para a faculdade, e eles estão lotados. O jeito é esperar passar alguns vagões até conseguir entrar, sem tirar o olho do ponteiro do relógio para saber se vai se atrasar ou não.
Depois de muito esforço, você consegue um carro para ajudar na locomoção, mas percebe que o trânsito também está lá. Mesmo para os ônibus, que possuem faixas exclusivas em grandes cidades, não há como fugir do intenso fluxo de veículos.
Pois é, essa situação é bem mais comum do que pode parecer. Dá só uma olhada em alguns números obtidos no estudo “Como o brasileiro entende o transporte urbano”, feito pela 99 e pela Ipsos entre 25 de abril e 8 de maio de 2019:
Não há dúvidas de que esse é um dos maiores desafios da mobilidade urbana, se não o maior.
Ah, essa não é uma exclusividade do Brasil, viu? De acordo com o Trades Union Congress, do Reino Unido, o número de pessoas que gastam mais de duas horas viajando de casa para o trabalho e vice-versa entre 2006 e 2015 aumentou 72% e chegou a mais de 3 milhões de pessoas.
Uma ótima maneira de diminuir o trânsito nas ruas é o transporte público, já que os ônibus aproveitam muito melhor o espaço disponível do que os carros.
De acordo com uma pesquisa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), feita no ano de 2011, cada carro em São Paulo leva apenas 1,4 passageiro. Isso significa que 50 veículos transportam apenas 70 pessoas.
Curiosamente, as mesmas 70 pessoas cabem em um ônibus convencional, o que liberaria um fluxo fantástico no trânsito. Porém, os altos preços e a qualidade do serviço nem sempre são atrativos suficientes para trocar o volante pelo assento do ônibus.
Trólebus, trem, metrô e outras alternativas de transporte público também podem ajudar a amenizar os desafios da mobilidade urbana, embora isso tenha que ser acompanhado de investimentos por parte dos responsáveis por sua operação.
Infelizmente não há uma fórmula mágica capaz de solucionar os problemas de uma só vez. Porém, podemos nos basear em exemplos de sucesso praticados em vários lugares do mundo, como os seguintes:
Ainda há uma série de desafios no Brasil em relação à mobilidade urbana, mas é fato que o país já apresentou algumas melhorias. As bicicletas compartilhadas ganharam muitas capitais do Brasil, assim como vem acontecendo com os patinetes elétricos, o que é um passo bem importante para mobilidade elétrica no país.
Além disso, há uma maior iniciativa por parte do setor privado pensando justamente sobre mobilidade, como por exemplo o seguro auto pay per use, que incentiva os motoristas a usar menos o carro e com isso, sentir o impacto diretamente no seu bolso.
Quais são os principais desafios da mobilidade urbana para você? Tem sugestões que podem ajudar a melhorar o país neste sentido? Já visitou uma cidade inteligente e presenciou essas melhorias na prática? Deixe seu comentário e vamos juntos nessa caminhada!