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Como é iniciar a tradicional “carreira de Direito” em uma startup

Postado há 4 anos atrás
ThinkNews

Diante das inovações tecnológicas em diferentes setores da economia, no Brasil e no mundo, novos postos de trabalho estão sendo direcionados às pessoas dispostas a se adaptarem a outros formatos de trabalho. Muitas das competências, criadas há pouco tempo, estão fora das faculdades, quem dirá da sala de aula de Direito.

Cursando o quarto ano do curso de Direito, percebo a insegurança na minha sala em relação ao futuro profissional. Uma das dúvidas é saber se vale a pena apostar no mercado de trabalho tradicional de grandes empresas e escritórios de advocacia, com maior estabilidade profissional, ou se o melhor seria investir em empresas de pequeno e médio porte, com cultura de tecnologia – as chamadas startups.

O conflito entre a inovação e o tradicional se faz presente e tem motivo! Por mais que os processos digitais cresçam cada vez mais, os hábitos tradicionais permanecem vivos no mundo do Direito. A olho nu, é muito fácil ver pilhas de processos e filas de atendimento presencial, sem contar na lentidão para a tramitação (andamento) dos processos. Há ainda a questão das roupas sociais e das atitudes tradicionais, presentes nos fóruns e na maioria das áreas contenciosas.

Os aspirantes à profissão de advogado têm receio de não conseguirem se posicionar no mercado de trabalho ao manterem a sua própria identidade, graças a exigência (e necessidade) de adaptação ao modelo tradicional que é exposto logo no início da carreira.

Aos 20 anos, ao entrar como estagiária em uma startup de serviços de tecnologia em seguros, me deparei com um local de trabalho com ambiente leve, que me proporciona autonomia, aprendizado e preza pela diversidade; provando que a necessidade da imagem do tradicional mundo jurídico vem dando (ou perdendo) lugar à inovação.

É claro que a rotina de processos, fóruns e atividades administrativas – características do Direito – permanecem vivas. Lido com essas atividades da mesma forma que os escritórios mais tradicionais, ou seja, com seriedade. Por outro lado, no dia a dia, consigo acessar qualquer área para resolver as dúvidas que aparecem, não importa a hierarquia.

Na cultura de uma startup, tudo é mais rápido, sem muitos protocolos internos. Há a possibilidade de atuar diariamente em um ambiente que preza pelo resultado do trabalho, sem considerar roupas, tatuagens, cortes e cores no cabelo. Poder mostrar meu estilo aumenta a motivação.

Esses ambientes descontraídos têm se tornado comuns em algumas das marcas mais valiosas do mundo, que começaram como startups – Google, Facebook, Uber, Mercado Livre, entre outras – e em nenhuma delas, o setor jurídico deixou de existir. A Thinkseg, por sua vez, promove iniciativas como o “pet day”, a não utilização do plástico e o paredão – no qual podemos colar sugestões e elogios para evoluirmos como um time.

Claro que, a leveza do ambiente e toda a confiança recebida para desempenhar novas funções, de forma alguma, isenta a responsabilidade que, às vezes, parece até maior do que em grandes escritórios. O aprendizado e conhecimento aqui na startup é tão grande quanto em qualquer outra empresa.

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