Apesar de apenas 7% da população brasileira usá-la como meio de transporte, aos poucos a bicicleta vai ganhando mais e mais adeptos no país. A pandemia de coronavírus, que a partir de março de 2020 fechou clubes, academias, parques e espaços para a prática esportiva, fez explodir a procura pelas bikes. Com isso, a busca pelas ciclovias aumentou bastante.
De acordo com o Strava, app que permite registrar número de pedaladas, corridas e outras atividades físicas, no ano de 2021 houve um aumento do uso das bicicletas em diversas cidades do país.
Curitiba foi a cidade onde houve o maior aumento do transporte da bicicleta, com o uso da bike 31% maior em comparação com 2019. Em segundo lugar, ficou a cidade do Rio de Janeiro, com uma elevação de 25%. Em seguida, vêm Porto Alegre, com 24%; Belo Horizonte, com 20%; e Florianópolis, com 16%.
O mercado também cresceu de maneira impressionante. O ano de 2021 fechou com uma alta de 118% nas vendas de bicicletas, segundo os dados da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike). Junto com as bikes, disparou a procura por vestuário e equipamentos ligados ao ciclismo.
Com tanta gente pedalando, nada mais natural que procuremos locais adequados e seguros durante os deslocamentos, treinos e passeios, certo? Muito embora ainda esteja distante do ideal, o Brasil conta hoje com 4.146,38 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas só nas capitais.
De acordo com um ranking elaborado pela Aliança Bike, São Paulo (SP) está no topo. Ao todo, são quase 700 km de vias exclusivas na capital. O segundo lugar ficou Brasília (DF), com 475 km. Em seguida, estão o Rio de Janeiro (RJ), com 450 km; e Fortaleza (CE), com 411 km. Por fim, temos Macapá (AP), com apenas 18 km; Porto Velho (RO), com 24 km; e Manaus (AM), com 35 km.
Existem diversos aplicativos com mapas de ciclovias e caminhos específicos para bicicletas. Porém, o bom e velho Google Maps é o melhor aliado para quem quer percorrer a cidade sobre duas rodas.
É possível localizar ciclovias pelo celular ou pelo computador. Além da rota e da quilometragem, a altimetria do percurso também é mostrada, facilitando para quem não gosta de subidas. Confira!
Mesmo nas ciclovias, os ciclistas devem tomar alguns cuidados para que o rolê não termine em acidente. Fora isso, invariavelmente será necessário dividir algumas rotas com outros veículos quando não houver vias exclusivas . Então fique alerta, proteja-se e siga nossas dicas!
De acordo com o art. 193 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar com o veículo em ciclovias e ciclofaixas, assim como calçadas, passeios e passarelas, é uma infração gravíssima, com perda de sete pontos nas Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A penalidade é a multa no valor de R$880,41.
Segundo o art. 181, Inciso VIII, estacionar em ciclofaixas ou ciclovias é uma infração grave. A penalidade é a multa no valor de R$195,23 e, além disso, são gerados cinco pontos na CNH do motorista infrator.
Já no art. 214 do CTB, consta que o condutor é obrigado a dar a preferência de passagem a pedestres e àqueles que trafegam com veículos não motorizados, como a bicicleta, e que se encontram na faixa a eles destinada. Quem descumprir essa norma comete uma infração gravíssima e pode ser penalizado com a multa no valor de R$293,47, além de sete pontos na CNH.
Por fim, o art. 220 do CTB estabelece a obrigatoriedade de reduzir a velocidade do veículo ao ultrapassar ciclistas. Quem desobedecer a essa norma comete uma infração grave. Além de cinco pontos na CNH, está prevista multa de R$195,23.
Não pense que ciclista pode fazer o que quer por aí. Como a bicicleta é considerada um veículo de tração humana pelo CTB, os ciclistas devem seguir algumas normas:
Muito embora seja bem raro, os ciclistas também podem ser penalizados com multas, dependendo da natureza da infração cometida e das penalidades previstas pelo CTB.