Segundo dados do Relatório de Emissão Veiculares da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), os carros são responsáveis por 72,6% da emissão de gases do efeito estufa. Por outro lado, eles realizam o transporte de apenas 30% da população. Para mudar essa realidade assombrosa, indústria automobilística investe pesado na eletrificação e na criação de carros sustentáveis.
No mundo todo, as vendas de carros elétricos estão em alta. Não só pelo apelo ecológico, mas também pela economia com combustível, pelos incentivos governamentais e pelas legislações cada vez mais rigorosas com as emissões de poluentes. Nos países membros da União Europeia, será proibida a venda de carros novos com motores a combustão a partir de 2035.
No Brasil, mesmo com incentivos irrisórios, as vendas de carros sustentáveis estão em alta.
Em setembro de 2022, o Brasil bateu recorde nas vendas de veículos eletrificados. O mês é o melhor da série histórica desde 2012, com 6.391 unidades emplacadas – superando a marca de dezembro de 2021, quando o total atingiu 4.545 unidades.
Para se ter uma ideia, em relação a agosto de 2022, quando foram vendidas 4.249 unidades, houve um aumento de 50,41%. Na comparação com setembro de 2021, quando foram vendidas 2.756 unidades, observa-se um aumento de 131,89% no mercado de veículos leves eletrificados em setembro de 2022.
No acumulado do ano, por sua vez, foram vendidos 34.203 veículos eletrificados, de janeiro a setembro, o que indica um aumento de 41,61% em relação ao total de vendas no mesmo período de 2021 (24.153). Atualmente, a frota brasileira de eletrificados já passa de 100 mil unidades. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Vale destacar que os veículos eletrificados equivalem a:
A lista inclui automóveis e comerciais leves (que não inclui ônibus, caminhões e veículos elétricos levíssimos).
A ABVE também forneceu a lista com os carros sustentáveis mais vendidos no Brasil no primeiro semestre de 2022. Foram considerados somente os modelos 100% elétricos, que não emitem poluentes.
Carros elétricos (BEV) mais vendidos no Brasil no 1º semestre de 2022:
1. Volvo XC40 – 629 unidades emplacadas
2. Renault Kangoo – 393
3. Volvo C40 – 370
4. JAC e-JS1 – 317
5. Mini Cooper SE – 217
6. Nissan Leaf – 208
7. Renault Zoe – 191
8. Fiat 500e – 164
9. Citroën e-Jumpy – 148
10. Porsche Taycan – 147
11. JAC e-JS4 – 114
12. Audi e-Tron – 105
13. Peugeot e-Expert – 78
14. BMW i3 – 52
15. BYD Tan – 46
16. BMW iX – 36
17. BYD eT3 – 23
18. Tesla Model S – 18
18. Tesla Model Y – 18
19. JAC e-J7 – 17
20. JAC iEV20 – 14
O hidrogênio é o elemento em maior abundância na crosta terrestre. Ele representa 75% da massa de nosso planeta. Além disso, o hidrogênio pode gerar energia elétrica após um processo físico-químico que tem como produto a água.
Essa é a grande sacada do carro hidrogênio. Ele é abastecido por uma substância abundante e renovável, gera sua própria energia sem a necessidade de fontes externas e não emite poluentes. Quer mais sustentável do que isso?
O carro a hidrogênio tem um ou mais tanques de hidrogênio pressurizado, que é injetado na célula de combustível. Dentro dela, o gás se combina ao oxigênio presente no ar. Por meio de uma reação química, produz eletricidade que vai alimentar o motor elétrico que impulsiona o veículo. A única coisa que sai do escapamento é água ou vapor d’água.
Outra vantagem do carro a hidrogênio é o tempo de abastecimento dos tanques de gás pressurizado. Ele é semelhante ao de carros movidos a gasolina. Já nos elétricos plug-in, mesmo em estações de recarga ultra rápida, são necessários no mínimo de 15 a 30 minutos para obter 80% de carga.
A energia gerada pela célula de combustível pode ser prontamente utilizada pelo motor elétrico e/ou armazenada em uma pequena bateria, menor, mais leve e mais barata do que os módulos que equipam os carros elétricos hoje em dia.
Em um carro a hidrogênio, o conjunto de tanques, célula de combustível e bateria pesa cerca de 90 quilos. Em um carro elétrico, os módulos de baterias chegam a 500 quilos. Com isso, a autonomia do modelo a hidrogênio é bem maior.