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Conheça o Kers Wee, o carro elétrico brasileiro

Postado há 3 anos atrás
Auto

O mercado de carros elétricos está em alta no mundo todo. No Brasil não é diferente. Em 2021, a venda de veículos totalmente elétricos cresceu 257%. Isso mesmo com o real desvalorizado e a falta de incentivos governamentais para a compra. Se o preço do carro elétrico é um problema para a maioria das pessoas (o mais barato, o JAC e-JS1, custa R$ 160 mil), uma startup do Paraná promete a solução. Ela trará um dos carros mais econômicos do Brasil. 

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O mais barato do Brasil

Trata-se da Kers, que pretende colocar seu primeiro veículo totalmente elétrico em produção muito em breve. O nome da novidade é Wee, um compacto de três rodas para dois passageiros e destinado a uso urbano. A expectativa é vendê-lo por cerca de R$ 95 mil, o que faria do Wee o elétrico mais barato do Brasil. A princípio, a ideia é oferecer a novidade para aplicativos de mobilidade e compartilhamento, além de empresas de aluguel.

Todo o desenvolvimento, produção e componentes do Wee são nacionais. De acordo com a Kers (o nome foi inspirado no sistema utilizado na Fórmula 1, o Kinetic Energy Recovery System, sistema de recuperação de energia cinética que recupera energia quando o carro freia), a produção deve começar no segundo semestre de 2022. Ele estará entre os carros mais econômicos do Brasil.

Autonomia de até 400 quilômetros

O Wee (minúsculo, em um dialeto escocês) será feito em aço estampado. Ele terá autonomia entre 100 e 400 quilômetros, de acordo com o pacote de baterias escolhido (acomodado na dianteira, sob o capô). A força é passada à única roda traseira por meio de uma correia, como nas motocicletas Harley Davidson.

A velocidade máxima é estimada em 100 km/h e a recarga total das baterias vai acontecer em oito horas. Outro fator importante para o Wee será o custo 80% inferior ao de um carro comum com combustível e manutenção. No Paraná, o custo para rodar 400 km com o Wee ficaria na casa dos R$ 32, o que fará dele um dos carros mais econômicos do Brasil.

O projeto do Wee prevê tecnologias embarcadas interessantes: automação 4.0 (que une as tecnologias de nuvem, internet e inteligência artificial). Isso ajuda no desenvolvimento para economia de bateria, incluindo maior autonomia, navegação autônoma e estacionamento inteligente.

Se beber, não funciona

A mais legal de todas é o reconhecimento de motoristas bêbados. Ele identifica o modo como o condutor dirige (aceleração e desaceleração, por exemplo), estaciona o carro, desliga o motor e liga o pisca alerta. Assim, avisa os demais que há um problema no veículo. 

Outra funcionalidade é a identificação e correção de problemas via 5G, bem como a possibilidade de usar o celular para realizar manobras remotamente, como colocar ou retirar o veículo de vagas apertadas, por exemplo.

10 mil Wee por ano

O ferramental para a construção do Wee já foi adquirido e a produção se dará por um sistema de linha de montagem modular. Contará com a consultoria de engenheiros da Karmann-Ghia. A fábrica fica em Maringá, no noroeste paranaense.

Inicialmente, a capacidade produtiva da planta será de 30 automóveis por mês. A ideia, contudo, é atingir a marca de 800 veículos no mês, visando uma média de 10 mil por ano quando a fábrica estiver em plena produção.

Parceria público-privada no projeto

A Kers é fruto de uma colaboração da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI-PR), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) e Instituto Inbramol. 

O projeto do Wee já tem 10 anos de duração e envolve alunos de graduação e pós-graduação e empresas de tecnologia e da área automotiva. A Unioeste injetou R$ 300 mil no desenvolvimento do Wee e passará a ter participação nos royalties em caso de sucesso do investimento de um dos carros mais econômicos do Brasil.

Renault Kwid elétrico também chega em 2022

Uma das grandes novidades do segmento dos carros elétricos para 2022 será o Renault Kwid movido a baterias. Importado da China, o compacto também chega no segundo semestre de 2022. Ele tem preço estimado entre R$ 130 mil e R$ 150 mil, cerca de R$ 100 mil a menos do que seu irmão maior e mais refinado, o Renault Zoe.

Na China, na Índia e na Europa (onde é vendido como Dacia Spring), o Kwid elétrico tem motor de 33 kW (45 cv) e 12,6 kgfm de torque máximo. A unidade fica no eixo dianteiro e é alimentada por uma bateria de 27,4 kWh que garante autonomia de 230 km com uma carga (305 km em ciclo urbano no modo Eco). A aceleração de 0 a 50 km/h é feita em 5,8 segundos e a velocidade máxima é de 125 km/h.

A Renault do Brasil, contudo, já adiantou que o Kwid a pilha destinado ao mercado brasileiro terá mudanças na motorização para se adaptar às condições de rodagem do país. A ideia é colocar a novidade entre os carros mais econômicos do Brasil.

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