Diante das vendas em baixa e da preocupação das montadoras em conseguir um carro mais barato,foi lançado, no início de junho, um programa de incentivo para a compra de carros novos através do uso de R$ 500 milhões em créditos tributários.
Os descontos para carros de passeio – e exclusivos para pessoas físicas em um primeiro momento – variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil ao consumidor graças ao corte no IPI e no PIS/Cofins. O desconto mínimo é de 1,6% para veículos até R$ 120 mil, com teto de 11,6%.
Receberam desconto 233 versões de 31 modelos de nove marcas que aderiram ao programa. São elas: são Renault, Volkswagen, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, General Motors/Chevrolet, Fiat e Peugeot.
Os descontos mexeram bastante na parte de baixo da tabela, a dos carros mais baratos. Afinal, qual é o carro mais barato de 2023? Separamos os 10 modelos mais em conta do mercado brasileiro e o desconto obtido no programa:
No fim de junho, cerca de 80% do total de R$ 500 milhões já haviam sido utilizados. Isto significa que o consumidor correu para as concessionárias para aproveitar. Entre as montadoras, Fiat e Jeep, abocanharam a maior parte dos descontos, com R$ 190 milhões. Na segunda posição, a Volkswagen ficou com R$ 60 milhões. Peugeot e Citroën levaram R$ 50 milhões, seguidas por Hyundai e Renault (R$ 40 milhões cada) e Ford e GM (R$ 20 milhões).
Com o sucesso da medida, tudo indica que o prazo pode ser prorrogado. Enquanto o ministro da Fazenda Fernando Haddad disse que o programa será encerrado quando o crédito acabar, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) Geraldo Alckmin afirmou que a medida seria transitória por quatro meses.
Entre os caminhões e ônibus novos, o bônus considera apenas o preço, e em proporção inversa ao usado nos carros. Ou seja, os descontos aumentam conforme os veículos vão ficando mais caros. Podem ser adquiridos modelos leves, semileves, médios, semipesados e pesados; e ônibus urbanos e rodoviários. Os descontos vão de R$ 33,6 mil para veículos de menor porte a R$ 99,4 mil para veículos maiores.
É obrigatório que a pessoa ou empresa interessada entregue para a sucata um caminhão ou ônibus com mais de 20 anos de uso. A expectativa da equipe do vice-presidente Geraldo Alckmin é que a entrega de veículos velhos às sucatas deverá trazer ganhos adicionais para a indústria, entre eles a queda no preço da matéria-prima usada pelas fundições.